The Legend of Zelda - Ocarina of Time

Capa original do jogo

Esse é mais um daqueles momentos em que eu percebo, nunca fiz qualquer post focado para a minha série do jogos favorita? É isso mesmo, e só agora eu resolvi fazer um post exclusivo para os jogos da série Zelda que eu tanto amo.

O título escolhido para começar com tudo, é o clássico, e segundo unanimidade dos fãs, o melhor jogo da série de todos os tempos, The Legend of Zelda - Ocarina of Time.

Lançado em 1998 pela Nintendo para o console Nintendo 64, esse foi um dos jogos mais aguardados daquela época. Já era de praxe a empresa japonesa ter jogos da série para todos os seus consoles, e com a estreia dos jogos em 3 dimensões, nada deixou os gamers mais ansiosos do que imaginar como seria seu jogo favorito naquela nova plataforma.



Sabendo disso, o criador da série Shijeru Miamoto, o mesmo de Mário, Metroid, e outros clássicos da Nintendo, resolveu arrebentar a boca do balão, com o máximo de sacadas possíveis. Antes de lhes entregar o ouro, apenas adianto, oque esse cara fez, revolucionou os games da época, e por isso, querendo ou não, mesmo quem não gosta de jogos desse gênero, tem que dar o braço a torcer, o camarada aqui foi revolucionário!

Fita em sua edição especial, dourada, nunca conheci ninguém que tivesse ela

ANTES DE TUDO, PRECISO CONTAR-LHES UMA HISTÓRIA:

Era o ano de 1998, eu tinha oito para nove anos de idade. Naquela época já era uma criança bem fora dos padrões, antes não tinha essa consciência, mas adorava jogar video game, e bem me lembro do meu Nintendo 64 do coração, presente de natal de um tio que adorava, apenas alguns jogos, Didi Kong Racing, Banjo Kazzoie, entre poucos outros.

Lembro-me bem da cena, sentada no meu quarto, lendo, vivendo aquele meu mundo de fantasia que sempre gostei, quando minha irmã de repente entra no quarto toda eufórica dizendo coisas sem nexo. Tudo oque captei foram palavras chave: "Jogo" "Nintendo" "Menino de chapel verde" "você vai adorar!" "Propaganda"

Não entendi nada, fui para a sala ver oque estava passando na televisão, e minha mãe disse:  "Nossa filha, acabou de passar na televisão o comercial de um jogo de video game, achei sua cara, vou dar pra você de natal, oque acha?"

Achei legal, nem sabia do que se tratava, oque mais me impressionou na época, foi a minha mãe ficar empolgada com aquilo, quer dizer, mas que diacho de propaganda era aquela que deixou a minha mãe tão eufórica?

Foi ai então, que eu finalmente assisti:

Nossa, ai que eu fui a loucura mesmo, e em saber que ganharia de natal aquele ano, nossa, mais eufórica eu estava.

O natal chegou, fim de aulas, férias, e a notícia. Minha mãe estava procurando aquele jogo em quase toda a São Paulo, e ela simplesmente não achava em lugar algum aquela fita pra comprar, foi em vários shoppings, e todos os donos da loja diziam para ela, que aquele era o jogo mais comprado dos últimos anos, que ela teria sorte se achasse ainda para vender.

Lógico que ela não achou, na manhã de natal, como toda criança ansiosa, acordei logo quando o sol subiu no horizonte, peguei meu presente em formato de fita de video game, abri e era um jogo de corrida. (Ok, admito, adoro jogos de corrida, minha mãe sabia disso) Cruzen World era um excelente jogo do estilo, excelente mesmo, só não contava com o fato de que a viciada aqui finalizaria logo no mesmo dia.

O tempo passou, as aulas começaram, e como sempre, minha mãe ia me buscar de carro, e eu ainda dizia: "Mãe... você sabe se já chegou Zelda na loja?" E ela me lembrava: "Só a partir do dia dia tal filha..."

Chegou o tal do dia, entrei no carro toda eufórica com aquela cara de cachorrinho pidão, os olhinhos brilhando e perguntei: "E ai mãe? Chegou?" Ela disse: "Não... chego ainda não filha, mas ei, quer comer um cachorro quente?" Respondi: "Não...não to com fome?" Ela: "Porque? Então tó o seu jogo aqui!"

E tirou de dentro de uma sacola exatamente aquilo que era o maior sonho da minha vida! Com nove anos de idade é claro.

Exatamente igual a que eu tinha

Nossa cheguei em casa quase não dormi! Era tão viciada nesse jogo, mesmo sem te-lo em mãos, que eu tinha todas as revistas da banda de jornal com o Link na capa, todas mesmo! Pena que, a grande maioria matadora eu perdi. (Eu ainda suspeito que isso era tudo obra da minha irmã, que tinha a mania de emprestar coisas minhas para as pessoas sem meu consentimento, mas agora... já foi)

Assim como todas as outras da coleção, desaparecida...

A VERDADEIRA HISTÓRIA:

Era uma vez...

...Um menino chamado Link. Um simples e humilde Kokiri, o pequeno povo da floresta. Todos os Kokiris, quando atingem a idade adulta, são presenteados com uma fada, graça oferecida pela grande sábia Arvore Deku. Link ainda é o único dos Kokiri que ainda não tem uma, oque significa que ainda é muito jovem, e não completou seus vinte e um anos.

Numa noite, durante o sonho, Link tem um pesadelo terrível, um pesadelo que o vem perturbando a muito tempo. Ele sonha que está de frente para um castelo, um castelo enorme, a ponte levadiça se abaixa e de lá sai um cavalo com uma mulher e uma menina criança na garupa, cavalgando com toda a velocidade.

Está chovendo, não da pra ver as coisas direito, quando o pequeno Link olha para trás, ele se depara com um homem terrível, horripilante, montado em um cavalo preto, e esse homem, o ataca.

O sonho acaba...

Ao acordar, Link se vê frente a frente com uma fada! Ele finalmente foi agraciado com uma, oque significa que ele finalmente já é um Kokiri adulto.

Após se apresentar, a fada Navi lhe diz que a Grande Árvore Deku precisa conversar com ele, urgentemente!

E é ai que a nossa história realmente começa.

A poderosa arvore, está morrendo, está doente devido a um grande mal. Ela explica a Link que ela não é a única, e que o destino de Hyrule está ameaçado, e lhe da uma importantíssima missão, procurar a princesa Zelda, para saber oque ele precisa fazer.

E agora? Querem saber mais? Só jogando o game pessoal, bora lá que é um jogo que vale realmente muito apena!

O JOGO:

Logo de cara, gráficos muito impressionantes para a época, mas o gráfico por si só, para mim, não é nada, a graça do jogo em si, está é nas sacadas do diretor.

Quando Shijeru Miamoto entrou no processo de desenvolvimento do game, ele pensou em faze-lo em primeira pessoa, assim como em jogos tipo Doom. Então ele se deparou com o problema. Oque seria então da história? Como assim? Você não entendeu? Já parou pra se perguntar porque o título do jogo é "Ocarina of TIME?"

Momento emocionante do jogo

Pois então... Link na verdade não é um Kokiri coisa alguma, ele é na verdade um Hylian normal. E em determinado momento chave do jogo, nosso herói tira a espada mágica da pedra (não, ele não é Arthur) que o mantém aprisionado em outra dimensão por nada menos que sete anos. E ao conseguir sair de lá finalmente, ele é um homem adulto!

Se o jogo tivesse sido feito 100% em primeira pessoa, como é que nós perceberíamos que o Link cresceu? Pois é...

Então ai veio a primeira grande sacada! Fazer o jogo em segunda pessoa, porém, adicionar elementos de primeira pessoa. Como assim?

Toda vez que o nosso aventureiro usa algum item específico do seu inventário, a câmera muda automaticamente para a forma de visão mais conveniente, vejam:

Além disso, ainda existe a possibilidade de se controlar o ângulo da câmera para colocar a vista em primeira  pessoa. Técnica utilizada para se "explorar" mais o universo ao redor.

Outra coisa que ficou extremamente legal, foi a cena em que a fada Navi vai atrás do Link a pedido da Arvore Deku. A câmera se posiciona como se mostrasse a visão em primeira pessoa da fadinha, como ela voa, oque ela vê, até quando ela sem querer bate a cabeça. Divertido.

A jogabilidade:

Outro ponto chave do jogo. Seus criadores souberam dosar muito bem as limitações do console e do seu joystick. O analógico fazendo muito bem seu papel. Botões estratégicos para funções como mira e defesa com escudo. Botões principais para ataque e funções básicas, e os adicionais para ter acesso aos itens equipados.

E agora vocês podem estar se perguntando, qual botão pula? Nenhum. Os criadores deixaram o pulo automático, porque o jogo já possuía funções em demasia. E sabem de uma coisa? Não atrapalhou em nada. No início é meio estranho, mas depois, vocês de se acostumam e pegam a prática.

Também gostei muito do sistema de batalha. Diferente dos RPG's da época, em Zelda, o combate é em tempo real. E lembrando, não tem dessa dos inimigos esperarem para te atacarem um por um como nos jogos modernos (Assassin's Creed?). Aqui a galera cai matando, e para isso, é necessário muita calma, e estratégia na hora de se posicionar em combate.

A trilha sonora:

Agora sim falaram a minha língua! Gosto tanto das musicas desse jogo, que eu as uso para narrar RPG quando mestro, são excelentes!

Já falei isso aqui no blog algumas vezes, mas vou me repetir. A boa trilha sonora, não é aquela simplesmente bonita, legal, ou bem composta. Isso é o mínimo. A verdadeira boa trilha sonora, é aquela que te marca de alguma maneira, é aquela que fica presa na sua memória, e que de tempos em tempos, sem se dar conta, você a está cantarolando. Boa de verdade, é aquela que só de escutar, você já sabe de que filme se trata. E mais ainda, boa, é aquela que te proporciona sensações enquanto a escuta, que completa a cena em questão.

E a trilha sonora de Ocarina of Time é perfeita em todos os quesitos, em uma escala de 0 a 10, ela é totalmente nota 10!

Vou deixar aqui pra vocês uma palhinha daquela que eu considero uma das minhas músicas favoritas do jogo, que tal?

Mas eu não resisto, e coloco mais uma, mas... só mais uma hen!

E AI CAROL? OQUE ACHO?

Melhor presente de natal atrasado do mundo!

Esse é um clássico que merece respeito, sem dúvida.

O desenvolvimento das dungeons do jogo, serve como inspiração para muitos jogos modernos. O estilo de combate em tempo real é hoje padrão dos jogos de RPG modernos. A liberdade de câmera e a possibilidade de explorar cada canto do universo do jogo, também deixaram sua marca em diversos jogos posteriores.

A história é simples, banal, até clichê, mas qual é o problema disso? Com toda a sua simplicidade, Ocarina of Time é o típico jogo que da saudade de se jogar de novo quando se acaba de finalizar.

E se você é mais um daqueles preconceituosos contra jogos que fazem muito sucesso, calma lá, toda série de muito sucesso, tem um porque, e essa aqui tem todos!

Além disso, se você também é daqueles que não suporta os jogos da empresa Nintendo por acha-los demasiadamente infantis, me diga, oque há de infantil nisso aqui?

É um jogo super normal. Mas se ainda assim, achar infantil, ok, experimente novamente e veja como o jogo é desafiador.

Mas se não quiser experimentar de forma alguma, e quiser continuar jogando seus joguinhos de tiro em primeira pessoa, bem... não posso fazer nada.

Se o gênero é fantasia, esse é o jogo máximo. E sim, eu prefiro ele a série Final Fantasy, por mais que goste  dela também.

[...]

E é isso ai galera, espero que vocês tenham gostado do post de hoje, e querendo ou não, eu fiz ele com muito carinho. É meu jogo favorito.

Até mais! Aguardem, tem mais posts por hoje!