sábado, 3 de dezembro de 2011

Como foi que eu conheci o RPG

Galera para quem não viu ainda essa imagem, ai está oque meu amigo gosta de chamar de exemplo perfeito do que é imaginário coletivo.

Para quem não entendeu nada do que se passa ai, se trata de uma representação de um grupo de amigos jogando RPG, em baixo oque eles são e oque estão realmente fazendo, e acima, oque eles se imaginam ser e estar fazendo. Divertido não?

Confesso que não existe nada melhor para ilustrar oque de fato é jogar RPG.

De qualquer forma, já que estou aqui divulgando essa imagem legal, e falando desse jogo, nada melhor do que aproveitar e contar minha experiência nessa budega, que tal?

Então bora lá!

Eu devia ter lá na casa dos meus nove anos de idade, por algum motivo bizarro, eu sempre gostei muito de fantasia, de histórias com magos poderosos, guerreiros virtuosos, caçadores, fadas, principes e princesas, e tudo oque fosse mágico. E como toda criança que adora esse tipo de coisa, eu acabei mergulhando no universo da leitura, chegava a pegar até um livro diferente por dia, pois em casa passava a tarde inteira lendo sem parar. Até o belo dia que eu peguei um livro muito diferente...


 Não era exatamente esse que eu postei, mas...era um livro de aventura solo. E foi ai então que eu li o termo RPG de uma maneira completamente diferente do que eu estava acostumada. Até então, RPG era apenas um estilo de jogo de video game, na época, como era de se imaginar, eu era viciada no jogo Zelda, e apaixonada por essa série.

E como se não bastasse, naquela mesma época eu assisti a um episódio do meu desenho favorito, O Laboratório de Dexter, e nesse EP ele joga RPG com seus amigos nerds e sua imã Deedee, é divertidíssimo. Somando aquele episódio, com aquele livro, eu consegui entender perfeitamente oque era o tal do Role Play Game, e como é que ele funcionava.

Não perdi tempo!

Peguei umas folhas, material de pintar e colorir, criei um tabuleiro com toda uma aventura, e ainda por cima história, eu sei eu sei, o RPG nem precisa disso, mas eu queria. Chamei umas amigas que moravam no mesmo prédio que eu, e pronto! Minha primeira mesa de RPG estava formada.

 Jogamos a tarde inteira, as meninas adoraram, terminamos a história que eu criei naquele tabuleiro e elas queriam mais. Engraçado lembrar que eu era tão sem recursos, que meus dados eram de papel dobrado e colado, quem diria...

O tempo passou, e lá pelos menos 11 anos de idade, que eu recebi de um colega de sala que possuia internet, um sistema de RPG num arquivo de Word gravado em um disquete, isso mesmo! Naquela época usavamos disquete, aposto que vocês hoje nem lembravam mais disso, ou pior, quem sabe você que está lendo esse post agora já é da época do pen drive, nossa como eu to ficando velha!

Peguei o disquete, fui pra casa toda ansiosa, não via a hora de acabar aquela chatisse de aula, coloquei o disquete no PC, abri o arquivo de Word, e olha só...o nome do sistema de RPG era...

DEFENSORES DE TÓQUIO 3ª EDIÇÃO

 É isso mesmo oque vocês leram, se você é um jogador de RPG experiente, sabe oque é um 3D&T, e era isso oque eu tinha em mãos. Se você é daqueles que não está entendendo bulhufas, esse jogo é nacional, foi criado por um grupo de caras famosos no meio RPGistico, e são, querendo ou não, os principais responsaveis pela alta divulgação do hoby em nosso país, e como não poderia ser diferente, passou pela minha mão também.

Foi então que eu entendi mais ainda oque era o tal RPG, chamei outros amigos para jogar, imprimi e xeroquei as fichas, e começamos uma aventura daquelas bem medieval e cichê, com tudo oque eu sempre gostei e sonhei na época. Lógico que nessa altura do campeonato, eu já tinha dados para jogar, e eram, é claro, do jogo de tabuleiro War!

E estava concluida a minha iniciação nesse hoby que eu tanto adoro, lógico que junto com ele vieram inúmeros amigos, e eu continuo conhecendo gente da mesma forma até hoje.

Meus melhores amigos, que na minha opinião são pessoas que fizeram toda a diferença na minha vida, eu conheci jogando RPG!

Pois é gente, nada melhor para convencer qualquer um de que se trata de uma atividade inofenciva, e muito boa. Graças ao RPG, hoje eu sou uma pessoa, querendo ou não, mais criativa, mais espontânea, falo muito melhor, possuo mais cultura, dentre muitas outras qualidades que eu nem mesmo consigo notar.

Essa foi a minha experiência, espero que tenham gostado.

E esse é o post de hoje, para ajudar o blog não ficar tão parado, coitado ele ta quase as traças...

Até mais!


3 comentários:

  1. PLAC, PLAC, PLAC (isso foram palmas tá)....

    Parabéns carol, ótimo POST. Só não gostei da época do disquete, porque quando ele surgiu foi uma revolução para a época, pois só tinhamos o disquete de 3/4 - aquele mesmo que cobrava - kakakaka.... é já estou ancião.
    Mas parabéns, muito legal a sua experiência e acho que muito parecida com a experiência de muitos jogadores de RPG.
    Abraço....

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  2. Ótimo blog, estava procurando blogs do gênero para me inspirar de criar o meu e acabei caindo de para-quedas aqui, li alguns posts e consegui belas dicas.

    Então senhorita Carol, o 3D&T também foi meu primeiro sistema de RPG e foi esse aí mesmo, o fastplay. Acho que por mais que seja um sistema basicão ainda é o que trás muitos jogadores para o mundo dos RPGs 'de mesa' e é o que continua trazendo, justamente por causa da sua praticidade.

    Abraços.

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  3. Exatamente Leandro! Por isso, apesar de achar o sistema ruim, fraquinho, e com todos aqueles defeitos infernais e cabulosos, sabe oque eu penso? E dai? O importante é ter um sistema pra jogar. Muito melhor do que pagar 60 reais num livro gigante de D&D. Enfim...

    E que sorte a minha que vc veio parar aqui, é bom sinal, significa que meu blog ta indo para algum lugar!

    [...]

    Mas o Druida, eu tenho saudades do disquete, se nem imagina, era horrivel, mas é tão nostalgico, sei lá...

    E os CD's regraváveis, nossa, ter um daqueles era quase um milagre!

    Bons tempos... Mas o pen drive é uma revolução! E uma revolução muito apreciada!

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