Sabe aquele dia que
você está tão elétrico e ansioso que mal consegue dormir? Pois é...esse dia
chega quase sempre pra mim em muitas ocasiões, e eu estava em uma delas.
Pensei com meus
botões, se eu dormir quando sentir sono, vou literalmente trocar o dia pela
noite, e isso de nada adiantará, e eis a solução mais plausível, varar a noite
e dormir só no horário convencional para uma pessoa normal.
Para sobreviver a
essa loucura, instalei no meu computador o famoso "Plantas vs Zumbis"
e deixei o vício me consumir, dito e feito.
Foi assim até as 14h
da tarde! Isso porque eu comecei a jogar lá por volta das 5h da manhã.
O sono finalmente
havia chegado, e ainda eram 14h, eu não podia dormir de jeito nenhum até passar
das 8h da noite, e eis a solução, sair de casa! Sair com alguém para fazer
alguma coisa, a pessoa me manteria distraída o suficiente para eu conseguir
varar tranquilamente.
E eis que vem a
ideia, que tal ir ao cinema? Peguei o telefone e liguei pra uma amiga, e
marcamos.
15h e eu estava lá,
no terminal de ônibus para ir ao cinema.
Depois de alguns
imprevistos no meio do caminho, com direito a ajudar pessoas no caixa
eletrônico de um banco a fazer coisas como depósitos ou verificar o saldo da
conta, sim gente, eu ajudei uma mulher a verificar o saldo, porque ela não
sabia fazer isso...
Mas nós chegamos ao cinema e é isso oque importa. Fomos direto descobrir oque estava passando, e eis o título: Imortais.
Foi ai então que eu
tive um daqueles lampejos de memória, um trailer muito louco que eu assisti na
televisão, com cenas de luta fantásticas, com direito àquelas porradas em
câmera lenta igual no filme 300, mas espera, é isso mesmo, aquele filme segundo
o trailer era dos mesmos produtores.
Porém...antes que eu
me animasse, eu lembrei também que era do mesmo diretor de The Fall (Caso não
saiba que filme é esse, só conferir aqui). Então dei aquela coçada atrás da
orelha causada por uma pulguinha, e pensei: "Melhor não se empolgar muito não
hen Carol, lembre-se que esse cara da ultima vez te convidou para um mega
épico, mas te deu um drama!"
Não teve jeito,
cismei que queria ver aquele negócio, cismei tanto, mas tanto, que mesmo
descobrindo que ele era dublado, isso mesmo gente, um cinema com seis salas,
duas transmissões do filme, uma em 3D e outra normal, ambas, dublado.
Acho um absurdo
descobrir que a opção legendada não é a mais pedida, e me revoltei mais ainda
quando descobri que a classificação etária era de maiores de 16, quer dizer,
como assim um filme para adultos só possui a opção dublado? Que tipo de cinema
é esse que recebe essa quantidade impressionante de pessoas que incluem
analfabetos funcionais, ou pessoas sem qualquer hábito de leitura.
Peço desculpas a
vocês por estar fazendo esse desabafo aqui, mas poxa, grande parte da população
acima dos 16 anos sabe ler e escrever bem o suficiente para entrar na internet
e usufruir até mais do que devia das comunidades de relacionamento, então porque
não teria condições de ler uma legenda??? Mas enfim. É assim né...
Comprei os ingressos
porque queria porque queria ver o tal do filme, e sabe gente, eu não me
arrependo nem um pouco!
O FILME É ANIMAL!!!
Que sensação de
satisfação mais maravilhosa essa, mesmo querendo enche-lo de defeito ao
extremo, não consegui, e mesmo sendo um filme dublado, continuei satisfeita e
realizada durante a sessão e após ela.
A HISTÓRIA:
Teseu é um jovem no
auge de sua idade, treinado desde criança por uma espécie de pai adotivo, um
senhor idoso, um aposentado das guerras e batalhas. O jovem é um filho
bastardo, sua mãe engravidou de um estranho qualquer e o criou como
pode mesmo sendo muito pobre.
Enquanto isso, o
exercito de um poderoso rei Hiperião ameaça destruir toda a Grécia em busca do arco de épiro,
um artefato divino criado por Áries, o deus da guerra, que segundo as lendas é a única coisa capaz de quebrar a
jaula que prende os Titãs no Tártaro.
E a coisa começa a
ficar feia quando esse tenebroso exército está a caminho da pequena cidade onde
Teseu nasceu e foi criado.
Há uma guerra a
caminho, os Titãs estão prestes a serem libertados, e os Deuses do Olimpo nada
podem fazer para interferir nos rumos da humanidade.
Tenho que confessar uma coisa, esses deuses me lembraram tanto os cavaleiros do zodiaco, mas não contem isso pra ninguém! |
O FILME:
Dirigido por Tarsem Singh o
mesmo de The Fall, e com os mesmos produtores de 300, a estreia
do filme nos cinemas foi no dia 11/11/2011 e por incrível que pareça eu pouco ou quase
nada ouvi sobre ele, é como se essa fosse uma estreia não esperada, como se ninguém
colocasse fé, assim como eu.
E falando em não
botar fé, aposto que todos morderam a língua.
Está ai uma das
melhores fotografias que eu já vi na vida, fotografia essa que aparece
claramente no filme The Fall, esse diretor gosta de gravar em locais abertos,
reais, nada de estúdio, oque confere perfeitamente o clima épico que o filme
propõe.
Sabendo que ele
gosta de um drama, não da pra negar que a história de Teseu tem um quê de drama
bem intenso, o filme em si tem uma história muito bonita, emocionante,
cativante e principalmente, intensa.
A trilha sonora é
outra obra prima, aqui é possível ver claramente a influencia dos produtores de
300, pois a trilha é muito parecida. Diferente dos épicos
tradicionais, que incluem sempre uma orquestra de metais em todos os clímax da
música, aqui temos elementos mais modernos que conferem uma cara bem exótica,
preparem-se para escutar, inclusive, guitarras.
Outra coisa
espetacular aparte, são as cenas de combate, já sabemos oque esperar de um
filme com lutas feito 300, e dessa vez eles conseguiram ser mais épicos ainda!
Com a câmera
filmando as cenas de luta do protagonista em tempo real, sem muita coisa em
câmera lenta, tudo rápido, claro objetivo, cada golpe e movimento com uma
clareza que fazem qualquer um ficar sem folego. Se segurem na cadeira do cinema
porque dessa vez teremos cenas de luta com a mais pura pancadaria brutal.
O longa é cheio de
cenas horríveis e tenebrosas de guerra, a aflição é constante. Expressões
tensas e sons de agonia eram gerais na sala do cinema.
E, para completar o
pacote de filme semi-fenomenal, quase cósmico, ganhamos de brinde um final
legítimo e satisfatório.
E AI CAROL?
Adorei cada uma das
sacadas do diretor para contar a sua maneira a lenda de Teseu e o Minotauro.
A guerra que
assolava a Grécia, os Deuses do Olimpo são jovens, não esperem nenhum Zeus
barbudão de cabelos brancos, o figurino é deslumbrante, o cenário, os locais, é
tudo incrível.
Poucos foram os
filmes épicos que me fizeram sair do cinema querendo bater em alguém, e esse
foi um deles, mas diferente de 300 que só me fez querer bater, esse me deixou
inspirada ao ponto de também querer chorar por uma causa, sabe como é né,
aquele drama que o diretor me prometeu.
Recomendo com força
para todos irem aos cinemas conferir essa obra prima da 7ª arte. É legal gente,
de verdade.
E se você não viu o trailer, além de estar muito por fora das coisas legais, deveria ve-lo agora mesmo:
E se você não viu o trailer, além de estar muito por fora das coisas legais, deveria ve-lo agora mesmo:
[...]
Bom, eu sai do
cinema, encontrei meu amigo, ainda fomos para casa da namorada dele e tomamos
uma cerveja. Na verdade a amiga que foi comigo ao cinema era a namorada dele!
Mas eu gosto dela.
A moral da história,
é que além de varar a noite, eu ainda fui dormir as 2h da manhã. Resultado,
hibernei até as 16h.
Portanto pessoas,
não façam isso, não adianta nada, pois fiquei exausta, e acabei desregulando
meu horário de sono do mesmo jeito, não é atoa que eu estou escrevendo essa
resenha agora, as 3h da manhã.
Lição aprendida?
Então até mais.
Concordo com quase tudo da crítica. Bom, aí vai a minha:
ResponderExcluirO filme dosou brutalidade, e drama na medida certa. Ao contrário dos apertados e monótonos cenários artificiais, o filme, mesmo utilizando da computação, traz boa variação e profundidade. A estética estilizada rima com a visão mitológia adaptada pelo roteiro. Do minotauro à intervenção divina e, principalmente, a própria origem de Teseu, um mero e mortal filho bastardo, adotado pelos deuses que, numa inversão inteligente, buscam pela fé na humanidade.
Os titans, inicialmente decepcionantes visualmente, quando entram em cena, mostram sua forma quando em equipe, como uma maré assassina e imparável.
O visual carnavalesco logo não se torna tão bufante e faz sentido com o universo de cores escuras e, veja só, sem o verde e azul típico dos filmes de sandálias.
A música ajuda, embora não exiba nada marcante, apenas cumprindo o seu papel.
A película, apesar de mostrar o previsível, o faz com qualidade, bem amarradinha. Ou seja, você pode não gostar e pronto (!), mas deve admitir que é bem feito.
Ah, falando em bem feito, o 3D é bastante competente, não decepcionando pagar um ingresso um pouco mais caro. Veja só, foi a primeira bunda 3D que vi (digo, no cinema, viu), e a primeira a gente nunca esquece...
Para não dizer que não há pontos negativos, o papel dos deuses foi meio apagado. Zeus, embora não lembre em nada a imponência dos filmes que geralmente o retratam, mostra-se incrivelmente humano, tal como a mitologia o caracteriza tão bem. Em contrapartida, os outros deuses são pouco profundos e parecem garotões que se encontram no intervalo da escolinha para fofocar sobre um namorico, ou talvez sobre a destruíção da humanidade...
O ponto alto do filme, o discurso de Teseu não me empolgou em nada e, devinitivamente, não me convenceria a lutar e provavelmente morrer. Certamente largaria meu escudo e me mandava rápido como hermes...
No geral, um filme bacana, portanto recomendado!
Um abraço!
Pois é jp_limac, achei que as críticas que foram feitas do filme exageraram na dose.
ResponderExcluirPorém, concordo que o discurso final ficou realmente bem fraco, beeeem fraco.
E sim, os deuses, tirando Zeus, parecem garotões desocupados. Quase um Big Brother do Olimpo.
Além disso, muito obrigado pela colaboração, cara, seu comentário acrescentou mais a minha resenha do que oque eu escrevi.
;)