Boa tarde gente (Já passou da hora do almoço pra mim, então ta de tarde), eu prometi duas postagens ontem, mas acabei varando a noite jogando RPG denovo. (Vida difícil essa não?) Então teremos o post da entrevista prometida para hoje, olha só!
Chega de enrrolação e vamos conhecer mais sobre esse escritor nacional.
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FICHA TÉCNICA:
Nome completo do autor: Nelson Walter Magrini Jr.
Ocupação: Engenheiro Mecânico, consultor em Gestão
Empresarial.
Obras: ANJO A Face do Mal, Relâmpagos de Sangue,
Os Guardiões do Tempo, Amor Vampiro e Anjos Rebeldes.
PERGUNTAS:
Quando foi que você se interessou
por ler e escrever?
Primeiramente, é
um prazer estar aqui, no Terra das Fábulas. Mas vamos às questões. Por ler,
acho que me interessei desde que nasci! Exageros à parte, eu já adorava HQ’s
antes de saber ler, quando via as figuras e pedia para alguém ler para mim. Não
me recordo quando li o primeiro livro, mas foi bem cedo.
Em relação a
escrever, foi no início do ano 2000, quando eu procurava uma atividade para
ocupar melhor meu tempo vago, mas com a condição de ser algo que eu gostasse de
fazer, não tivesse nada a ver com meu trabalho profissional e, principalmente,
eu já soubesse fazer, ou seja, não queria ter de aprender algo para depois
praticar. Escrever veio de estalo. Simplesmente, eu sabia que sabia escrever.
No dia seguinte, rabisquei alguns pedaços de texto, o maior com meia página,
criei uns personagens, aliás, os personagens centrais de Os Guardiões do Tempo,
e comecei a escrever meu primeiro romance. Nunca cogitei em escrever contos ou
começar por eles.
Tem algum estilo literário
favorito? (Porque?)
Gosto de mistério,
suspense e terror. É uma leitura que prende a atenção e envolve, que faz a
imaginação voar, ao mesmo tempo em que, nos faz olhar para o lado e os cantos.
Um bom livro de terror é aquele que dá medo.
Tem algum escritor favorito? (Porque?)
Tenho vários.
Iniciei-me na leitura através da Ficção-Científica, pois desde criança adoro o
Universo e tudo relacionado a ele. Nesse estilo, sempre cito Isaac Asimov e
Arthur Clarke, mas a lista é grande. No Terror, Stephen King, obviamente, e
Dean Koontz. O porquê desses é porque são mestres naquilo que escrevem.
Contudo, apesar de ter uma lista de autores clássicos que aprecio, não me fecho
a eles. Na realidade, qualquer novo autor pode ser incluído na lista, desde que
seu trabalho consiga me cativar. Para isso, ele terá de ter necessariamente
qualidade, que é fundamental, e aquela pegada difícil de definir, mas
facilmente reconhecível, quando as letras e frases te prendem e não se quer
abandonar a trama até chegar ao final.
Como foi que veio a “inspiração”
para escrever o seu livro?
Minhas inspirações
aparecem das mais variadas formas, a mais comum “por estalo”. De repente, a
idéia está lá, bem na frente dos meus olhos, vinda sei lá da onde do fundo de
minha mente. Um lado curioso de minha criatividade / inspiração é que meus
livros, ou mesmo as linhas gerais da trama, não vêm à mente de modo completo. O
mais comum é ter de iniciar o livro com o que tenho e ver o que acontece,
conforme o desenrolar. Um exemplo interessante, que já contei algumas vezes,
foi como criei Relâmpagos de Sangue, considerado meu livro mais assustador.
Eu conversava com
minha sobrinha e me lembro que estava chovendo forte. Ela me contava de um
sonho que tivera e onde havia sangue. Foi nessa hora que o título, Relâmpagos
de Sangue me veio à mente.
Aproveitei a idéia e escrevi um prólogo para uma
possível história com esse nome. Alguns minutos depois, escrevi outro, com um
personagem diferente, e tudo foi arquivado, pois na época, estava trabalhando
em ANJO A Face do Mal. Meses depois, resolvi desenvolver o livro, como meu
próximo trabalho. Reli os prólogos para escolher um e acabei decidindo ficar
com os dois, e ter dois personagens centrais ao invés de um, na nova trama. E
foi assim que comecei a escrever. Tinha em mãos um prólogo bombástico, um
título de efeito e um mistério por detrás da trama, que era tão misterioso que
nem mesmo eu sabia qual era! Só depois de iniciado o livro, com o
desenvolvimento das situações, ele me foi ficando claro. Quando percebi qual
seria esse mistério, a trama ficou perfeita. É uma sensação curiosa, complicada
para explicitá-la, mas que qualquer autor sabe o que significa.
Possui alguma técnica para se
“inspirar”?
Literalmente
nenhuma. As inspirações vêm a qualquer momento, em qualquer lugar, normalmente
através de uma cena em minha mente. Minha criatividade trabalha muito forte com
a componente visual. Muitas vezes eu primeiro vejo a cena e só depois me dou
conta de seus elementos.
Oque você acha do cenário
brasileiro de literatura?
Se formos falar de
um modo geral, penso que embora bastante criativo, é muito tímido em
resultados, ou seja, quantos autores reconhecidos mundialmente temos? E desses,
quantos realmente escrevem livros de qualidade? Nosso potencial é para muito
mais do que temos, seja via autores que já estão no mercado, seja por autores
em potencial, que ainda procuram chegar.
Curiosamente, é na
Literatura Fantástica que muitos novos escritores têm surgido e esta parece ser
uma linha que ainda tem muito a oferecer, o que é ótimo. Contudo, infelizmente,
contra o autor jovem, se impõem inúmeras adversidades. Deixando de lado a
questão das editoras e do praticamente inexistente investimento em novos nomes
nacionais, o jovem tem de enfrentar sua própria dificuldade com o idioma
Português, sofrível na esmagadora maioria, consequência de um ensino ralo e
ineficiente, um verdadeiro crime que se comete neste país.
E do cenário estrangeiro?
Certamente, eles
aprenderam a lição que estamos bem longe de aprender. Por um lado, desenvolvem
o leitor, dão ao jovem um ensino e formação decente. E pelo outro, investem em
talentos iniciantes, e aqui o termo investir significa bancar, colocam
dinheiro, pois sabem avaliar aquele talento e fazer dele um vencedor.
E isso é bem
diferente do “você acredita na sua obra, no seu talento? Então pague para
publicar; se vire para vender e, se você conseguir, talvez eu publique seu
segundo livro ou uma segunda edição”!
Sou especialista
em Gestão Empresarial e nunca vi um empresário (afinal, editores são
empresários) que não quer investir para ganhar. Parece que no ramo de livros,
os gênios querem que, sem colocarem recursos, o produto venda por si até se
tornar uma bestseller! Simplesmente é a antítese de qualquer economia, de
qualquer mercado.
Oque acha das adaptações de livros
feitas para o cinema?
São de qualidade
bastante variada, algumas muito boas, outras péssimas. No geral, o livro dá de
um bilhão a zero nas adaptações cinematográficas, com exceção de duas, em minha
opinião: O Poderoso Chefão I e II e Tropa de Elite, ambos, infinitamente
melhores que os livros.
Para concluir a rápida entrevista,
tem algum recado pra deixar pro pessoal que lê o blog?
Que nunca parem de
ler, afinal, ler é poder viver um mundo de imaginação e de conhecimento. E se
entre os seguidores, houver quem pense em tentar a carreira de escritor, que vá
em frente. Tenha claro quem é seu público-alvo, foque na qualidade da trama e
escrita. E não tenha medo de consultar a Gramática ou o Dicionário. Eu mesmo já
perdi a conta de como eles me são úteis.
Bom, é isso. Mais
uma vez, obrigado, Carolina, por abrir este espaço. E para aqueles que quiserem
conhecer um pouco de meu trabalho, basta visitar meu blog, NELSON MAGRINI –
OFICIAL®:
Um trecho de Em
Nome da Fé, meu conto em Anjos Rebeldes
Um trecho do
Prólogo de ANJO A Face do Mal
http://nmagrini.blogspot.com/2010/11/trecho-do-prologo-de-anjo-face-do-mal.html
http://nmagrini.blogspot.com/2010/11/trecho-do-prologo-de-anjo-face-do-mal.html
Um trecho de
Relâmpagos de Sangue
Um trecho do
Capítulo 1 de Os Guardiões do Tempo
Uma entrevista com
os personagens centrais de Os Guardiões do Tempo.
E aqui,
republicação de minha minissérie, em dez partes semanais, de suspense e
mistério, O Portador da Luz, além de meu conto À Luz do Dia, uma história de
terror que se passa no claro do dia.
Para me contactar,
escreva para nelson_magrini@yahoo.com.br
[...]
E é isso ai galera, sabem que eu estou adorando essas entrevistas? Eu acabo aprendendo muita coisa com esses caras. Além de perseber como os escritores são bem diferentes uns dos outros.
Ah, e é claro, como ler certas coisas nos insentivam a escrever e a tentar a nossa sorte no mundo da literatura também.
Uma coisa é certa, por algum motivo, aqui no Brasil tudo conspira para que seu livro não seja publicado, que o diga alguns conhecidos meus e sua luta por ter alguma coisa nas prateleiras das livrarias.
E por enquanto é só gente, veremos se um dos outros colaboradores do blog postam alguma coisa legal nesse final de semana.
Até mais.
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