sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

THE FALL (Dublê de Anjo)


Eis que um belo dia, um amigo meu de longa data, Logan (sim, o nome dele é Logan de verdade, e o povo nunca acredita, tem gente que já pediu até pra ver o RG) me convidou para ir até a casa dele para assistir um filme.


Bem, esse meu amigo Logan é um daqueles caras apaixonados por cinema, o cara é tão apaixonado que faz faculdade disso, ele vira e meche assiste  aqueles filmes tão cult que fariam pessoas normais morrerem de tédio ou de nojo. (Eu confesso, já passei pelas duas coisas) 


Mas quando esse meu amigo descobre algum filme alternativo que ele julga que nós acharemos legal, ele chama todo mundo para uma cessão de cinema especial.


E eis que, um belo dia, ele achou na internet o seguinte trailer:



Quando ele me mostrou eu quase parei de respirar. Era lindo!


Ou melhor, é lindo! Mas que ideia mais criativa, um dos personagens é o Charles Darwin como assim?

A história conta como um homem desesperado para tirar a própria vida tenta convencer uma criança a ajuda-lo a se matar, e para isso, ele cria uma linda historinha de conto de fadas. Que sacada mais incrível! Certo?

Errado!


O filme me decepcionou como poucas coisas na vida me decepcionaram. Uma pena, deu vontade de chorar quando o filme acabou, e não foi porque ele era uma obra prima, e sim porque ele deu tudo errado.

Do mesmo diretor de A Cela (que sim, eu gostei muito, digam oque quiserem, Jeniffer Lopes é muito melhor atriz do que cantora), Dublê de anjo (o nome em portugues ficou trash) não é como os filmes de fantasia mais tradicionais, ele é gravado em duas situações, oque está acontecendo na realidade, e oque se passa na imaginação da menina.


Eu confesso que esperava algo do gênero O Labirinto do Fauno, mas não tem nada haver, nem se iludam.

Oque posso dizer da história como um todo? Daria um excelente curta metragem, e não um filme com mais de uma hora. A ideia é legal sim, para algo rápido, mas o roteirista quis estender as coisas muito além do que o contexto permitia, ficou chato, maçante, e principalmente, clichê no final das contas. Ele não quis fazer um final criativo e surpreendente, deixou ele ser bem previsível.

Mas até ai, é o de menos, o pior de tudo foi a moral da história, a moral é bem fraquinha.  O filme começa bom, fica ruim, continua piorando, e piora só mais ainda, e quando você acha que é agora que vai, via nada, afunda mais um pouco.

Salva alguma coisa? Claro! A fotografia é deslumbrante. Os cenários, os figurinos, as tomadas de câmera, ângulos, é tudo muito bem feito. E a trilha sonora é claro, quem já leu outras resenhas minhas sabe como eu aprecio essa parte. A trilha é de fato boa, e consegue até ser marcante, ela acerta o máximo que consegue, mas sozinha não da pra ajudar o filme a ficar bom.

Resumindo o filme em uma palavra, chato. O filme é bem chato, uma pena.

(Tentei colocar mais fotos gente, mas a internet não tem ajudado, infelizmente, prometo insistir em mais fotos e re-editar o post, ok?)

[...]

Bom, vou aproveitar esse momento para fazer oque sempre faço após esse sinal [...] comentar alguma coisa minha, relacionada ao blog ou não, ou relacionada ao post, ou sem ter vinculo com nada, e desta vez, não tem vinculo com nada.

Eu fiz um skoob pra mim não faz muito tempo, e é claro, aproveitei e postei lá as resenhas dos livros que li, não de todos, só daqueles que eu já havia colocado resenha aqui no blog.

A probabilidade de alguém ler sua resenha é muito pequena, sabemos disso, mas, eventualmente, as pessoas realmente leem.

E é ai que vem meu espanto, elas leem, comentam, e até mesmo classificam como "gostei/não gostei"

Quando você se esforça para escrever bem, para dar uma opinião coesa, cheia de argumentos e justificativas bem definidas, você espera ter o seu texto avaliado pelo texto que é, mas...a gente se esquece de que muitas vezes, as pessoas avaliam a sua opinião, e simplesmente só oque você acha.

E discordar da opinião dos outros é a coisa mais comum do universo, é claro que eu tive resenha ganhando a opinião "dislike".

Foi ai então que a minha ficha caiu! Foi um momento meio "pãaaaaaan" e eu finalmente me senti na pele daqueles famosos críticos que ninguém gosta!!!

Pensei comigo, "oh my god, as pessoas não gostam do critico? Até sim, mas é porque não gostam da opinião dele. Mas porque elas não gostam da opinião dele? Porque ele falou muito mal de algo que não gostamos!" Tudo bem, as vezes os críticos dizem que acham bom algo que achamos péssimo. (Um bom exemplo disso é o filme "The Anticrist", esse mesmo amigo Logan mostrou o filme pra mim, depois dos primeiros 5min eu pedi pra sai, e eu pediria de novo!!!)

Agora vamos pensar direito, porque o crítico fala mal de algo que gostamos? Porque?

"Porque ele e crítico Carol! Duh!"

Sim e não.

Deixe-me explicar meu ponto. Sim ele é crítico, ou seja, ele é EXIGENTE. Ele não vai se contentar com qualquer coisinha. Ou melhor ainda, ele não vai dizer que algo que ele gostou é excelente, se ele disse que outra coisa era excelente, e essa coisa era muito melhor do que a outra. Simples assim.

E não, ele não fala mal das coisas que gostamos porque ele é "critico" ou seja, ele não fala mal para nos contrariar, ele não gostaria que nós tivéssemos raiva dele, muito pelo contrário.

Nesse momento, não só me senti mal por ter odiado a critica algum dia, mas me senti mal por ver que as pessoas estão, muitas vezes, pouco se linchando para oque eu escrevo, como eu escrevo, e para quem eu escrevo. E sim apenas se a minha opinião é a mesma que a delas ou não.

Bem, receber um "não gostei" para as Brumas de Avalon me fez refletir muito sobre oque eu disse "O livro é feminista". Sendo muito maldosa arrisco dizer que quem não gostou era uma mulher...que provavelmente não viu que a resenha foi postada por uma mulher também. Acho engraçado porque falei bem do livro, é um clássico, um livro ótimo! Mas a história é feminista fazer oque... E é oque todo mundo reclama quando lê, é oque motiva muita gente que começou a ler a parar de ler.

Se pararmos para pensar que o principal intuito de uma resenha é informar se vale ou não apena perder seu tempo fazendo isso, devo dizer que eu realmente cumpri meu papel. O livro é um clássico que vale apena ser lido, mas aviso que é uma leitura que irrita e revolta por ser tão feminista. Oque é que tem de ruim nisso então?

Vai saber, a opinião dos outros é diferente da nossa, a gente tem que conviver com isso. Mas confesso que me sentiria melhor se alguém me falasse que não gostou porque eu escrevi mal, ou não soube expressar a minha opinião, ou escrevo cheio de erros gramaticais como se fosse analfabeta, sei lá... Se alguém me explicasse que eu sou ruim na técnica, porque eu confesso, quase não passei no vestibular por causa da redação.

É isso, e não gostarem da resenha do Game of Thrones porque eu disse que o seriado era muito bem feito e fiel a série, e a série na verdade era mal feita e péssima.

Mother of god, é oque eu sou obrigada a ouvir. Ou melhor, ler.

Enfim.

Esse é um desabafo do capeta, coloco ele aqui porque é onde eu tenho para fazer esse tipo de coisa né? E coloco depois do sinal de [...] pois assim todos sabem que já acabou a parte que realmente interessa e só leem isso aqui se der na telha.

Foi mal a encheção de saco galera, até mais.

2 comentários:

  1. Como assim vc achou o filme tão ruim? The Fall, digo. Explica isso melhor.

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  2. Ué? Simples.

    O diretor Tarsem, já está famoso por pecar em roteiro e atores.

    Os atores são fracos, sem carisma, assim como no Immortals, a história é bem basal, sem muita profundidade. No caso de Immortals, ela não é enrolada como em The Fall, que se estendeu mais do que permitia.

    Basicamente, oque mais me decepcionou, foi a expectativa, inclusive parei de me importar com isso recentemente justamente para não me decepcionar.

    OBS: lembrando, que eu faço resenhas de filmes que vi, e não criticas, críticas são para críticos, profissionais, pessoas com autoridade intelectual para o mesmo.

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